Precisa saber como trabalhar a diversidade nas empresas e não sabe como começar? Não se preocupe, o tema é complexo e pode trazer certas inseguranças no início.
Por isso, separamos algumas dicas que farão a diferença no seu trabalho e também no dia a dia dos colaboradores, que vão se engajar em um clima organizacional acolhedor, positivo e muito produtivo.
Confira!
Leia também: Como lidar com a diversidade cultural nas empresas com 5 dicas que envolvem todo o time
1. Conheça o quadro de colaboradores
Se você deseja saber como trabalhar a diversidade nas empresas, precisa entender, antes de tudo, que cada organização tem as suas necessidades específicas. Assim, não há uma maneira única de criar estratégias e aplicá-las com o time.
Dessa forma, a nossa primeira dica é conhecer os profissionais que atuam na empresa para perceber quais são os gaps em diversidade. Talvez você perceba, por exemplo, que a empresa apresenta variedade em gênero e idade, mas falha na presença de pessoas LGBTQIA+.
A partir disso, será possível refletir sobre os processos de seleção atuais, pensar nas ações de atração de talentos e em novas estratégias para atrair os profissionais que faltam para a empresa.
Uma maneira de conhecer o quadro de colaboradores, é através da segmentação de pessoas que pode ser feita com a divisão de grupos demográficos, como:
- gênero;
- idade;
- etnia;
- orientação sexual;
- pessoas com deficiência.
Assim, você encontrará a porcentagem de cada grupo e perceberá onde há homogeneidade no time. Ainda, se a ideia é buscar um time diverso e representativo da sociedade brasileira, basta comparar os resultados encontrados na empresa com os dados do Censo Demográfico do IBGE.
2. Reestruture os processos de seleção e recrutamento
Após analisar o quadro de colaboradores, comece a trabalhar a diversidade nas empresas com a seleção e recrutamento de pessoas que trazem (e fazem!) a diferença no time.
Obviamente, ainda será necessário considerar as habilidades técnicas necessárias e observar se os candidatos apresentam ou não o fit cultural com a empresa.
No entanto, ao invés de buscar colaboradores que sejam parecidos em características, escolha e tente alcançar profissionais que somam justamente por trazerem experiências e histórias diversas.
Veja algumas medidas que podem ser adotadas:
- Redefina os critérios e evite requisitos excludentes para alguns grupos.
- Alcance mais talentos com a divulgação de vagas em variadas redes sociais e em instituições engajadas em causas que levam minorias ao mercado de trabalho.
- Utilize linguagem neutra nos anúncios. Ao invés de dizer que busca por um programador, por exemplo, use o termo “pessoa programadora”.
- Realize entrevistas baseadas nas competências e potenciais das pessoas, e evite perguntas tendenciosas ao preconceito.
3. Fomente a inclusão
Embora sejam frequentemente confundidas, diversidade e inclusão não apresentam o mesmo significado.
A diversidade nas empresas é a existência de colaboradores de diferentes características e histórias, enquanto a inclusão é a garantia de que essas pessoas têm igualdade em tratamento, respeito e oportunidades de expressão e desenvolvimento profissional.
Em outras palavras, a inclusão é a condição para a diversidade prosperar.
Para que isso realmente aconteça, primeiramente, é fundamental fortalecer a segurança psicológica. Estamos falando do sentimento de que se pode falar e se expressar na empresa sem se sentir humilhado ou com medo de retaliações.
Além disso, conte com lideranças exemplares. Ou seja, ajude grupos minoritários a serem promovidos com Planos de Desenvolvimento Individual para inspirar os colaboradores. Os líderes também precisam estar abertos ao diálogo e apresentar comportamentos respeitosos com todos, sem nenhuma distinção.
4. Estabeleça indicadores e métricas
Se você quer saber como trabalhar a diversidade nas empresas, não pode ignorar as metas. Afinal, elas mostram se a empresa está no caminho certo ou não. Portanto, lembre-se de que essas metas precisam de indicadores e métricas para mostrar os resultados com objetividade.
Desse modo, você terá uma ferramenta de acompanhamento e avaliação para medir o progresso e identificar erros e oportunidades de melhoria.
Ao estabelecer métricas e indicadores para trabalhar a diversidade nas empresas, considere fatores como:
- representatividade de grupos de minorias;
- retenção e engajamento;
- contratações;
- progressão de carreira;
- satisfação na inclusão.
Só para ilustrar, você pode criar metas com indicadores como os simples exemplos abaixo:
Meta: Aumentar a representatividade de mulheres em cargos de liderança. Indicador: Percentual de mulheres em cargos de liderança em comparação ao total de líderes da empresa.
Meta: Garantir a diversidade da comunidade LGBTQIA+ no time.
Indicador: Percentual de colaboradores de diferentes faixas etárias em relação ao total de colaboradores da empresa.
5. Envolva os colaboradores
Não tem como trabalhar a diversidade nas empresas, sem a participação dos colaboradores. Afinal, são eles que vivenciam as mudanças que ela traz e que podem se sentir confusos, sem apoio ou mesmo hesitantes.
Para que a diversidade possa trazer os benefícios da criatividade, inovação e trabalho colaborativo para a empresa, todos precisam estar preparados para ela.
Nesse sentido, vale incluir a diversidade entre os valores da empresa e comunicá-la no código de cultura organizacional, além de murais e informativos que falem sobre o tema.
Além disso, uma dica é criar um Comitê da Diversidade na empresa, em que grupos de afinidade e de minorias possam ajudar nas estratégias de diversidade, propor ideias, falar de suas experiências e estimular os colegas a se desenvolverem profissionalmente.
Também vale explicar o que é a diversidade para os colaboradores e como ela impacta positivamente tanto o clima organizacional quanto os negócios. Por isso, invista em projetos, palestras, seminários e treinamentos que falem sobre assuntos como preconceito, linguagem inclusiva e outros relacionados.
Outro ponto muito importante é mostrar para o time que existe apoio em momentos que podem ser desconfortáveis para eles. Por isso, conte com um canal para receber denúncias de comportamentos indesejados, caso eles aconteçam.
Aliás, essa é uma nova uma obrigatoriedade da Lei 14.457, publicada no Diário Oficial da União no dia 22 de setembro de 2022, que indica que as organizações precisam contar com um canal de denúncias em que os colaboradores relatem momentos em que vivenciaram algum tipo de violência.
Gostou das dicas?
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