O termo esgotamento está cada vez mais presente no nosso dia a dia. Seja em reportagens jornalisticas, nas redes sociais, em filmes e série. Isso está acontecendo porque esse tal esgotamento físico e mental é resposta sobre o que é a Síndrome de Burnout.

O Burnout está se alastrando nas empresas. Segundo a pesquisa realizada pela International Stress Management Association (ISMA, em inglês), 30 milhões de trabalhadores brasileiros estão com Burnout. Isso significa que 1 a cada 3 profissionais desenvolveram a síndrome. 

Será que você é um deles?

E no seu time, quantas pessoas estão chegando à estafa completa?

Responder a essas perguntas é fundamental no processo de compreensão sobre a síndrome.  

O que é a Síndrome de Burnout?

A Síndrome de Burnout é o resultado de um estresse crônico no local de trabalho. É um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema e estresse. Pode ser compreendido como um estado de esgotamento físico, emocional e mental, resultado da exposição contínua a situações de trabalho extremamente exigentes e estressantes.

Entretanto, é preciso estar atento, porque Burnout não é sinônimo de estresse nem cansaço. 

Estamos falando de uma condição mais grave de esgotamento e exaustão do profissional, que pode acontecer com um dos líderes ou liderados da empresa. 

Sim, a compreensão sobre o que é a Síndrome de Burnout passa pelo entendimento de que ela está sempre relacionada ao ambiente de trabalho.

Cansaço x exaustão

É preciso diferenciar o que é cansaço do que é exaustão. Uma maneira simples de fazer isso, é entender a forma de recuperação em cada um dos casos. 

Quando um profissional está cansado, basta ele dormir ou passar um final de semana tranquilo para poder recarregar as energias e voltar ao trabalho com disposição. 

Um colaborador exausto descansa, mas continua fatigado. Ele volta de férias, e continua estressado, irritado e com baixo rendimento. 

Perceba que a exaustão não se resolve com o descanso de curto prazo. Entretanto, existe, sim, tratamento. Viu, pelo menos, uma boa notícia! rs

Brincadeiras à parte, para entender detalhes sobre o que é a Síndrome de Burnout te aconselhamos a baixar nosso ebook gratuito “Precisamos falar sobre a Síndrome de Burnout nas empresas”, com dados de pesquisas, explicações de especialistas e insights de como solucionar e evitar esse problema na empresa. 

Direitos trabalhistas dos colaboradores com Burnout

Vale a pena destacar que, a partir da 11ª edição da Classificação Internacional de Doenças (CID), a OMS passou a reconhecer o burnout como síndrome relacionada ao esgotamento profissional devido ao estresse crônico não administrado adequadamente.

Com isso, profissionais diagnosticados com Burnout têm os mesmos direitos trabalhistas do que colaboradores que desenvolveram outros tipos de doença ou sofreram algum acidente de trabalho:

  • Em casos de afastamento de 15 dias, o funcionário tem direito à licença médica remunerada pela companhia.
  • Para afastamentos superiores a 15 dias, o empregado tem direito ao auxílio-doença pago pelo INSS.

Além do afastamento por licença médica, os empregados ainda têm direito à estabilidade e, em casos mais graves, à aposentadoria por invalidez.

A estabilidade está relacionada à comprovação da doença ocupacional: o trabalhador afastado pelo INSS tem direito à estabilidade por um período de 12 meses no emprego.

Perceba que quando um colaborador chega ao ponto de ser afastado por Burnout, a empresa também tem muito a perder, isso inclui gastos financeiros altos, como a necessidade de substituição desse profissional, treinamentos e mais. 

Para evitar que o problema chegue a esse ponto, é imprescindível o investimento em ferramentas de saúde psicológica, que permitam a prevenção e rápida identificação de colaboradores em risco. Nesses casos, a empresa deve oferecer apoio, a fim de resolver os agentes causadores do problema. 

Mitos sobre a Síndrome de Burnout

Infelizmente, ainda é muito comum ouvirmos alguns mitos sobre o que é a Síndrome de Burnout. Geralmente, eles apenas atrapalham a solução de um transtorno que afeta milhões de profissionais, gestores e empresas.

Afinal, quando um colaborador não consegue executar seu trabalho, a companhia sofre com a queda de produtividade e com a ineficiência, que pode afetar resultados estratégicos como:

  • satisfação dos clientes;
  • lucratividade;
  • competitividade;
  • reputação e mais. 

Isso sem contar que um profissional doente, devido às condições de trabalho oferecidas pela companhia, deve ser uma preocupação. Afinal, a empresa é responsável pelo bem-estar de seus funcionários.  

Mitos do Burnout

Mas, voltando aos mitos sobre o Burnout, a seguir, listamos alguns que você já pode ter ouvido:

  • “Apenas pessoas fracas sofrem de burnout.” O burnout não se desenvolve com base na força mental do indivíduo. Logo, ele pode afetar qualquer pessoa sob estresse crônico no trabalho.
  • “Burnout é apenas estresse temporário.” Na verdade, a síndrome é uma condição muito mais séria e prolongada do que o estresse.
  • “Burnout é apenas um problema individual, não organizacional.” É exatamente o oposto. Ambientes de trabalho tóxicos e práticas inadequadas de gestão são elementos centrais para o desenvolvimento do Burnout.
  • “Burnout afeta apenas o desempenho no trabalho.” O impacto do esgotamento se estende à saúde física e mental, impactando relacionamentos pessoais e qualidade de vida.
  • “Burnout é uma forma de depressão.” Embora compartilhem alguns sintomas, burnout e depressão são condições distintas com causas e tratamentos diferentes.
  • “Uma semana de férias pode curar o burnout.” Infelizmente, isso não é verdade! O burnout geralmente requer intervenções mais profundas, incluindo apoio terapêutico e mudanças significativas no ambiente de trabalho.

Ao eliminar esses mitos, perceba que, provavelmente, o profissional da sua empresa que está desenvolvendo a doença é, na verdade, um grande talento, comprometido com a organização, mas que está esgotado com a forma de trabalho. 

Logo, deve haver um grande interesse da companhia para recuperar esse colaborador. 

Síndrome de Burnout tem cura?

A Síndrome de Burnout não tem uma cura instantânea, mas é tratável, permitindo que o trabalhador volte a exercer suas funções com qualidade e produtividade. O tratamento geralmente envolve terapia, técnicas de gerenciamento de estresse, mudanças no estilo de vida, exercícios regulares e sono adequado, e, em alguns casos, medicação.

O suporte do local de trabalho também é crucial e inclui:

  • mudanças nas políticas organizacionais;
  • promoção de equilíbrio entre trabalho e vida pessoal;
  • redução de carga horária (com controle de horas extras);
  • treinamento de gerenciamento de estresse;
  • criação de um ambiente de trabalho positivo.

Leia também: Meu liderado está com burnout! E agora?

A partir do entendimento sobre o que é a Síndrome de Burnout, todos esses cuidados devem ser aplicados não apenas junto ao colaborador com Burnout, mas como forma de prevenção de possíveis novos diagnósticos. 

Nesse sentido, o TeamGuide oferece uma plataforma de saúde psicológica que permite o acompanhamento diário ou semanal do “humor” do time, por meio de recursos como termômetro de trabalho e rastreador de humor. 

Juntas, as funcionalidades criam o chamado Checklist Emocional, que permite ao RH e aos gestores da empresa identificar problemas individuais e coletivos e agir em busca de soluções. 

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