O seu colaborador dá sinais frequentes de que se sente desvalorizado ou sobrecarregado? Fique atento, é bem provável que ele esteja desenvolvendo a Síndrome de Burnout

Mas, o que isso significa? Como evitar e identificar os sintomas que um colaborador pode apresentar? Continue lendo para entender esses e outros questionamentos como:

  • O que significa Burnout
  • O que é Burnout
  • Quais os principais sintomas da Síndrome de Burnout
  • Como identificar se estou com a Síndrome de Burnout
  • Quais os estágios da Síndrome de Burnout
  • Como evitar a Síndrome de Burnout
  • Como tratar a Síndrome de Burnout
  • Como a Síndrome de Burnout afeta as empresas
  • Como o Burnout impacta a vida dos colaboradores
  • O papel do líder na prevenção da Síndrome de Burnout
  • Ferramentas e táticas para prevenir e eliminar a Síndrome de Burnout
  • A Síndrome de Burnout e o Código Internacional de Doenças
  • Como lidar com a Síndrome de Burnout e a CLT
  • Cases de sucesso de empresas no tratamento da Síndrome de Burnout

Leia também: Tudo que você precisa saber sobre Retenção de Talentos

O que significa Burnout?

Você até já ouviu falar, mas não sabe bem o que significa. O termo “Burnout” vem do inglês e se refere a algo que parou de funcionar por não ter mais combustível. No cerne da palavra temos “burn” que significa queimar e “out” que indica para algo exterior ou fora. 

Simplificando, a Síndrome de Burnout pode ser caracterizada como uma queima de fora para dentro, ou seja, quando fatores externos causam muita pressão no interior.

Atualmente, a expressão é usada também para se referir à condição em que a pessoa chega a um nível de exaustão extrema, por conta de um ambiente de trabalho extremamente estressante, sem mais forças para encarar as atividades diárias no expediente.

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A Síndrome de Burnout pode ser caracterizada como uma queima de fora para dentro, ou seja, quando fatores externos causam muita pressão no interior

A síndrome já atinge 210 milhões de pessoas em todo o mundo e nasceu das tendências de ambientes de trabalho cada vez mais competitivos e o aumento da cobrança por melhores qualificações e bons resultados. 

Por exemplo, um gerente de projeto pode ter uma lista enorme de tarefas para concluir. Ou um gerente de TI pode ser forçado a assumir uma função de atendimento direto ao cliente, sem que essa seja de fato uma das suas atribuições.

Dessa forma, as pessoas assumem cada vez mais altas cargas de trabalho para superar as expectativas, sejam elas as suas próprias, das empresas, da família e/ou do mercado.

A Síndrome de Burnout foi estudada pela primeira vez pelo psicólogo clínico Herbert J. Freudenberger, ainda em 1974. Inicialmente os sintomas eram vistos principalmente em profissionais da área da saúde com uma demanda desgastante. 

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A síndrome já atinge 210 milhões de pessoas em todo o mundo e nasceu das tendências de ambientes de trabalho cada vez mais competitivos

Outros pesquisadores alertam que a síndrome frequentemente não é reconhecida pelo indivíduo, isso porque os sintomas são múltiplos, predominando o cansaço emocional. 

O que é Burnout?

O estresse constante pode ser confundido com a síndrome do Burnout, mas de acordo com pesquisa realizada pela International Stress Management Association (ISMA, em inglês), 30% dos mais de 100 milhões de trabalhadores brasileiros sofrem com a doença nos dias atuais.

A síndrome pode acontecer quando o profissional planeja ou enfrenta desafios no trabalho que considera muito difíceis, situações em que a pessoa pode achar, por algum motivo, não ter capacidades suficientes para cumprir.

Infelizmente, estas situações são comuns em empresas que visam o lucro acima do bem-estar de seus colaboradores.

Por exemplo, isso pode ser frequente com funcionários que vivem sob a ameaça de demissão se não atingirem metas muito difíceis. Também é comum para trabalhadores que assumem grandes responsabilidades e acabam ficando sem tempo para a vida pessoal.

Assista o vídeo e entenda como acontece o Burnout na prática!

Quais os principais sintomas da Síndrome de Burnout

Inicialmente, podemos classificar os sintomas da Síndrome de Burnout em três tipos: físicos, emocionais e comportamentais

Na parte física é comum o paciente sentir algum ou vários dos sintomas abaixo:

  • Cansaço físico e mental durante a maior parte do tempo
  • Imunidade baixa e com doenças frequentes
  • Dor de cabeça
  • Dificuldade para dormir 
  • Dores musculares

Os sintomas na parte emocional incluem:

  • Sensação constante de fracasso
  • Insegurança
  • Perda de motivação
  • Visão negativa constante
  • Diminuição do sentimento de realização
sindrome de burnout sintomas
Podemos classificar os sintomas da Síndrome de Burnout em três tipos: físicos, emocionais e comportamentais

Da perspectiva comportamental temos:

  • Isolamento em relação aos outros
  • Usar álcool, comida em excesso ou drogas para fugir dos problemas
  • Ignorar o trabalho
  • Procrastinar para fazer as atividades
  • Faltar o trabalho
  • Agressividade
  • Mudanças bruscas de humor

Fique atento às manifestações comportamentais que também podem aparecer como possibilidade de comportamentos aditivos e evitativos, como o consumo de café, álcool, fármacos e drogas ilegais. 

Além disso, temos as ausências ao trabalho, baixo rendimento pessoal, aborrecimento constante, impaciência, sentimentos depressivos e frequentes conflitos no trabalho e na família.

O Burnout compreende principalmente três dimensões: a exaustão emocional, a despersonalização e a diminuição da realização pessoal, tudo isso causado pelo estresse da sobrecarga de trabalho e exaustão.

Exaustão Emocional

Está relacionada à perda da empatia pelas outras pessoas. A pessoa que passa por isso não consegue mais agir como sempre age com os colegas de trabalho, gestores ou subordinados. 

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A exaustão emocional está relacionada à perda da empatia pelas outras pessoas

Começa a ficar evidente no ambiente de trabalho o cinismo e muitas vezes o funcionário age com indiferença frente ao sofrimento de outros.

Despersonalização

Diretamente relacionada com a falta de esperança, sentimentos de raiva, tristeza, irritação e solidão. A pessoa que sofre com a síndrome sente que não consegue mais ajudar as outras pessoas no seu trabalho, já que sente uma enorme sensação de esgotamento.

Diminuição do sentimento de realização profissional

Se caracteriza pela sensação de incapacidade de realizar seus objetivos e a consequente diminuição do valor daquilo que já foi conquistado.

É sempre importante lembrar que estes sintomas estão aqui apenas para título de informação, e não para um autodiagnóstico. 

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A diminuição do sentimento de realização profissional se caracteriza pela sensação de incapacidade de realizar seus objetivos

Atenção! Caso você esteja com suspeita de estar com Burnout ou percebeu algum destes sintomas em algum colega ou familiar, lembre-se que o diagnóstico precisa obrigatoriamente ser feito por um profissional da Saúde Mental.

Ele é o profissional qualificado não somente para diagnosticar, mas como também para indicar um tratamento adequado para ajudar o paciente.

Um estudo aponta que o burnout está associado a riscos de saúde que incluem doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e colesterol alto, o que reduz a expectativa de vida dos colaboradores.

Como identificar se estou com a Síndrome de Burnout?

Identificar o Burnout nem sempre é fácil, porque ele é constantemente confundido com o estresse comum, e é exatamente por isso que apenas um médico ou psicoterapeuta podem diagnosticar a síndrome, baseados em observações do quadro clínico do paciente.

Vale ressaltar que o estresse não se manifesta somente no trabalho, porém o Burnout é uma doença relacionada à sobrecarga de estresse no trabalho, ou seja, ele só acontece no trabalho, enquanto outras manifestações do estresse podem ocorrer em diversas situações.

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Identificar o Burnout nem sempre é fácil, porque ele é constantemente confundido com o estresse comum

Existem muitas formas positivas de combater o Burnout como, por exemplo, desenvolver atividades focadas no indivíduo, baseadas em habilidades comportamentais, práticas de meditação, educação em saúde mental e incentivo à atividade física.

Todas estas são ações que mostram resultados positivos no combate ao estresse e ao Burnout. 

Existem situações em que a pessoa pode também precisar fazer uso de medicação, aliada à psicoterapia.

Quais os estágios da Síndrome de Burnout

Todos os sinais apresentados aqui surgiram através de pesquisas científicas e a evolução do quadro sintomático do Burnout. Ele possui geralmente quatro estágios:

Primeiro Estágio

No primeiro estágio, aparece apenas a falta de ânimo ou prazer para ir trabalhar, assim como dores nas costas, coluna e pescoço. Se as pessoas perguntam o que a pessoa tem, quase sempre a resposta é: “não sei, não me sinto bem”.

Segundo Estágio

É apenas no segundo estágio que aparece a sensação de perseguição (evita relacionar-se com os outros) e que aumentam também as faltas e a rotatividade nos empregos.

Terceiro Estágio

É possível ver a diminuição das habilidades ocupacionais; e aqui já podem surgir doenças psicossomáticas.

Quarto Estágio

No quarto estágio, a característica principal é o surgimento do alcoolismo, uso de drogas e até mesmo de ideação suicida

Nesse estágio, podem se instalar as doenças mais graves citadas nos sintomas acima, como câncer e acidente vascular cerebral. 

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A característica principal do quarto estágio é o surgimento do alcoolismo, uso de drogas e até mesmo de ideação suicida

As enfermidades não são causadas exclusivamente pela síndrome de Burnout, mas existe uma forte correlação com o grau de estresse muito elevado.

Assista o vídeo e descubra 6 sinais que comprovam o esgotamento e você pode estar confundindo com preguiça.

Como evitar a Síndrome de Burnout

Para evitar a Síndrome de Burnout, é possível identificar problemas antecipadamente e impedir que algo pior aconteça. Listamos alguns itens para você ficar atento e verificar:

1 – Atenção aos sinais

O nosso corpo sempre manda sinais quando não está bem. Aquelas noites mal dormidas podem representar bem mais do que apenas uma situação isolada. Analise os sintomas de maneira conjunta e busque investigar antecipadamente se algo está errado.

2 – Analise as prioridades

O excesso de trabalho é uma das causas do Burnout, mas priorizar algumas demandas pode ajudar a realinhar os processos. Não assuma responsabilidades além do que você consegue dar conta. Avalie a sua agenda e disponibilidade, e apenas depois inclua na rotina, se for necessário.

Assim, você consegue evitar o acúmulo de funções e a pressão em tentar resolver tudo ao mesmo tempo.

3 – Tente evitar os gatilhos de estresse

Vamos lá, entendemos que o trabalho pode ser um desses gatilhos, mas algumas situações específicas podem ser evitadas para não causar o agravamento da doença. 

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Priorizar algumas demandas pode ajudar a realinhar os processos

Se o clima de competição na empresa é um deles, comunique à liderança que prefere não ser incluído em algum processo relacionado a isso.

Se você precisa de intervalos maiores para voltar ao trabalho, converse com o seu gestor e juntos tentem encontrar um ponto de equilíbrio.

Não entrar em discussões desnecessárias e ser sincero com os seus limites é um bom caminho para ficar longe dos gatilhos.

4 – Saiba dizer não

Esse é um dos principais exercícios prescritos em um consultório de psicoterapia. Isso porque não importa a sua profissão, estabelecer limites é importante para melhorar as relações humanas de forma geral. Assumir mais tarefas do que conseguimos não é sinônimo de competência. 

Se for preciso, não tenha receio e solicite um aumento no prazo de entrega daquele projeto ou remarque aquela reunião para outro dia. Desse modo, você evita atrasos e a sensação de culpa que pode insistir em aparecer. 

Ouça o podcast e acompanhe as experiências internacionais de combate e prevenção do Burnout.

Confira outras dicas de prevenção, segundo o Ministério da Saúde:

– Defina pequenos objetivos na vida profissional e pessoal;

– Mantenha uma rotina saudável de sono, dormindo pelo menos 8 horas por noite;

– Participe de atividades de lazer com amigos e familiares;

– Faça atividades fora da rotina diária, como passear, comer em restaurante ou ir ao cinema quando puder;

– Evite o contato com pessoas tóxicas e que vivam reclamando;

– Converse com alguém de confiança sobre seus sentimentos;

– Faça atividades físicas regulares;

– Evite o consumo de bebidas alcoólicas, cigarro ou outras drogas;

– Não tome remédios sem prescrição médica.

Como tratar a Síndrome de Burnout

O tratamento para a síndrome do Burnout deve acontecer com ajuda de dois profissionais: o psicólogo e um psiquiatra. Dessa forma, o tratamento pode acontecer por meio da psicoterapia e medicamentos específicos. 

É essencial compreender que esse é um trabalho conjunto das duas áreas, o psicólogo ajuda o paciente a encontrar estratégias para reduzir o estresse e auxilia no processo de autoconhecimento.

Após o diagnóstico do psicólogo, o profissional da psiquiatria vai prescrever os medicamentos corretos para tratar dificuldades específicas. 

Nesse momento, a colaboração do paciente é fundamental para estimular a melhora. Isso inclui tomar a medicação periodicamente, não faltar às sessões de psicoterapia e se comprometer a assumir novos hábitos.

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O tratamento para a síndrome do Burnout deve acontecer com ajuda de dois profissionais: o psicólogo e um psiquiatra

O tempo de duração do tratamento pode variar entre alguns meses, nesse período inicial é ideal que o profissional se mantenha afastado do local de trabalho. Com o passar do tempo e a evidência da melhora, ele pode retornar aos poucos, ainda seguindo as recomendações médicas.

Desse modo, incluir a prática regular de atividade física deve ser prioridade na rotina diária do colaborador. Exercícios de relaxamento não podem ficar de fora, uma vez que eles ajudam a controlar os sintomas da Síndrome de Burnout. 

O apoio da família e dos amigos também fazem a diferença nesse processo. Não se isolar e aumentar o convívio com os entes queridos ajuda a distrair do estresse do emprego. Reorganizar as horas de trabalho ou as tarefas essenciais é essencial para equilibrar a vida pessoal e profissional.

Ter um sono de qualidade também contribui para a regulação do hormônio do estresse, o cortisol, que atua como um regulador do humor. Uma das suas funções é o fornecimento de energia para as atividades cotidianas. 

Ele também é responsável, em partes, pela nossa disposição e motivação. Por isso, quando estamos muito estressados, não sentimos vontade de fazer nada e preferimos passar o dia na cama, evitando as pessoas e os compromissos.

A psicóloga e professora do curso de psicologia da Unesp em Bauru, Sandra Calais, esclarece em qual momento o estresse pode tornar-se uma doença ocupacional e dá dicas para lidar com o estresse no trabalho. Confira no vídeo.

Como a Síndrome de Burnout afeta as empresas

Segundo a ISMA, o Brasil ocupa o segundo lugar entre os 11 países pesquisados no ranking de maior incidência de Burnout, 32%, perdendo apenas para o Japão, com 70%.

Esse cenário preocupante, além de ter um forte impacto social, tem grande repercussão na economia, limitando o potencial de desenvolvimento e evolução das nossas organizações.

É importante lembrar que a cultura e a estrutura de uma organização são as maiores geradoras de burnout, e não a personalidade de um colaborador, como muitos podem imaginar. 

Lembre-se que a culpa não é do funcionário, mas do tipo de função que ele exerce dentro da empresa, assim como o ambiente desordenado e sem preocupação com a saúde mental dos colaboradores.

Nós costumamos ver o esgotamento de qualquer recurso em um contexto organizacional com atenção e grande senso de urgência. Seja algum insumo de produção, material de trabalho ou até mesmo clientes.

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A cultura e a estrutura de uma organização são as maiores geradoras de burnout

Mas quando se trata do esgotamento mental das pessoas, a tendência é individualizar as causas e também as soluções, ou seja, o esgotamento ainda é visto como uma falha pessoal.

Porém, o que vemos na prática são organizações que não apenas ignoram fatores de estresse, mas que de forma consciente ou inconsciente, exacerbam esses fatores acelerando o processo de esgotamento dos seus profissionais.

Assim como a falta de acesso à matéria-prima é um motivo lógico para parar uma produção, casos de Burnout que não são vistos e tratados também impactam a produtividade e o sucesso da empresa. 

Podem ser esperados efeitos não apenas a curto prazo, como no desligamento de um profissional, mas também a longo prazo contribuindo para uma cultura de baixo engajamento e colaboração entre a equipe.

Outros fatores de impacto podem ser notados como:

Absenteísmo

Em seu estado mais crítico, a Síndrome de Burnout incapacita a pessoa de trabalhar. Mas, mesmo que não chegue ao nível de impedimento total da capacidade produtiva, são reportados sintomas que afetam diretamente a quantidade e qualidade de trabalho realizado.

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O esgotamento ainda é visto como uma falha pessoal

Desse modo, problemas como falhas de memória, baixo poder de concentração, baixo engajamento nas tarefas e falta de propósito nas atividades diárias podem acontecer.

Altas taxas de turnover

Segundo um estudo da Visier, 70% dos colaboradores trocariam de empresa por outra organização com mais recursos para combater o Burnout. Esse é um número alarmante que mostra como as empresas que estão preparadas para lidar com esse tema se destacam na competição por talentos.

Queda na produtividade geral

Assim como as causas do Burnout raramente são individuais, o impacto também não. Dessa forma, casos de Burnout afetam a moral e o desempenho da equipe como um todo. 

O clima organizacional e a capacidade de gestão da empresa são vistos de forma negativa, também diminuindo seus níveis de engajamento e produtividade.

Desincentivo à colaboração

Colaboradores com altos níveis de estresse têm menor tendência para serem proativos, ajudar em projetos e tarefas fora de seus escopos e trabalhar em equipe. Nesse sentido, organizações que não monitoram nem trabalham para reduzir fatores de estresse, colaboram e inovam menos.

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70% dos colaboradores trocariam de empresa por outra organização com mais recursos para combater o Burnout

Como o Burnout impacta a vida dos colaboradores

Os efeitos do Burnout na vida dos colaboradores podem ser tão graves como uma aposentadoria precoce ou a facilidade em desencadear doenças mentais.  

Uma confirmação é que 76% dos trabalhadores dizem que o estresse no ambiente de trabalho é um gatilho para distúrbios mentais como depressão e ansiedade.

Além dos impactos mais graves, também vemos o estresse crônico afetando a vida profissional das pessoas de formas mais sutis, que só são percebidas com um olhar atento e aprofundado. Listamos alguns problemas que podem aparecer quando o Burnout chega na vida dos colaboradores.

Perda de propósito na carreira profissional

Pessoas em um quadro de Burnout costumam ter uma extrema identificação com o seu trabalho, depositando nele suas expectativas de realização enquanto indivíduo. 

Quando essas expectativas são frustradas, muitas vezes por serem inalcançáveis, surge um sentimento de nunca ser ou fazer o suficiente, e com isso facilmente se chega ao ponto de questionar “por que fazer?” e não encontrar uma resposta que preencha o propósito perdido pelo caminho.

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76% dos trabalhadores dizem que o estresse no ambiente de trabalho é um gatilho para distúrbios mentais como depressão e ansiedade

Desconexão com a equipe 

A capacidade de trabalhar em equipe também é afetada pelo adoecimento mental. Com a extrema carga mental, não existe tempo nem espaço para se colocar no lugar do outro, ouvir, considerar opiniões divergentes ou refletir sobre ações e comportamentos. 

Também é comum, pessoas com estresse crônico se isolarem e evitarem convívios sociais.

Falta de equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional

Por muito tempo, o profissional que realizava longas jornadas de trabalho, levava trabalho para a vida pessoal e não tirava férias foi glamourizado pelo mercado e por todo um sistema cultural. 

Hoje, com cada vez menos barreiras entre o ambiente de trabalho e o ambiente doméstico, e cada vez mais estatísticas que ligam distúrbios mentais ao trabalho, a sociedade parece estar começando a entender que esse modelo não se sustenta.

O papel do líder na prevenção da Síndrome de Burnout

O líder continua tendo um papel importante na identificação precoce dos sintomas da Síndrome do Burnout. Listamos algumas ações que um gestor pode aderir para prevenir um caso clínico de instabilidade em toda a equipe.

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Por muito tempo, o profissional que realizava longas jornadas de trabalho, levava trabalho para a vida pessoal e não tirava férias foi glamourizado pelo mercado

Reduzir fatores de estresse

Observe e monitore quedas de produtividade e picos de estresse na sua equipe e tente diagnosticar os potenciais fatores que provocam essas alterações. 

Você vai precisar de um sistema que pode ser mais ou menos complexo para mapear essas variações, mas o importante é começar e ir melhorando com o tempo. Ao longo do processo, você entenderá os padrões e pode se antecipar a eles.

Por exemplo: é possível detectar que na semana anterior a uma entrega importante, o time ou um colaborador passa a se comunicar menos e fica durante mais tempo no local de trabalho. 

Você pode reformular esse momento para garantir que ele não seja um gatilho para ‘trabalhar mais’, mas sim para ‘trabalhar melhor’.

Criar um ambiente saudável

Garanta que você possa contribuir ativamente para um ambiente de trabalho inclusivo e com condições que respeitem a saúde física, mental e social das pessoas.

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Observe e monitore quedas de produtividade e picos de estresse na sua equipe e tente diagnosticar os potenciais fatores que provocam essas alterações

Aqui, podemos pensar desde o mais básico, como garantir uma estrutura confortável e de baixo impacto nas condições físicas das pessoas, até o mais sutil como ações que geram colaboração e um bom convívio entre os pares.

Criar momentos de integração, ter valores claros e exercê-los com consistência são alguns exemplos práticos dessas ações.

Gerir expectativas

Parece utópico pensar em uma realidade onde exista uma empresa ou projeto 100% livre de estresse ou da pressão por entregas e produtividade. A verdade é que existem contextos onde essa pressão é inerente ao trabalho e ainda assim os casos de Burnout são pequenos ou inexistentes. 

Desde o recrutamento, é importante alinhar as expectativas sobre a dinâmica do trabalho e como é o dia a dia do cargo que será ocupado, assim são evitadas as ‘surpresas ruins’ e perfis mais adequados a esses trabalhos poderão assumir os desafios.

Atenção: não existem super-heróis na vida real. Os famosos “workaholics” também se esgotam se não forem acompanhados e bem geridos. Continue gerindo as expectativas frequentemente porque elas mudam o tempo todo.

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Desde o recrutamento é importante alinhar as expectativas sobre a dinâmica do trabalho

Exemplo: Um gestor de contas que sempre viajou muito e tinha um alto desempenho vai começar um MBA. Caso nada seja ajustado, o risco de burnout cresce muito com o acúmulo de atividades, sendo necessário um novo alinhamento de expectativas e demandas.

Cuidar da própria saúde mental

Líderes esgotados não conseguem criar as condições para que suas equipes prosperem, pelo menos não de forma sustentável e a longo prazo.

Como nos ensinam nos aviões, antes de ajudar alguém, coloque a máscara de oxigênio em você primeiro. 

Cuide de você primeiro, e entenda que todas as táticas e recomendações também servem para você. Faça um diagnóstico e reduza os seus próprios fatores de estresse. 

Crie um ambiente de trabalho saudável para você e continue sempre atento às suas expectativas em relação ao seu trabalho e aos dos outros.

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Líderes esgotados não conseguem criar as condições para que suas equipes prosperem

Ferramentas e táticas para prevenir e eliminar a Síndrome de Burnout

Sugerimos o uso de algumas ferramentas para prevenir e eliminar a Síndrome de Burnout. Lembre-se que elas podem variar de acordo com a estrutura e o seu orçamento, porque por mais simples que seja a tática, sempre demandará esforço operacional e investimento por parte da empresa.

Analise o que a organização consegue fazer bem com as condições atuais, comece pequeno e vá aprendendo ao longo do caminho o que tem mais aderência no seu time e o que não funciona.

Financie atividades que favoreçam a saúde mental 

Através de parcerias e convênios com provedores de serviços como consultas psicológicas, academia, centros de yoga e meditação, entre outros, é possível de forma simples e com pouco investimento, incentivar atividades de bem-estar geral. 

O mais importante é ajudar o seu colaborador a desenvolver uma cultura de autocuidado. 

Se o orçamento estiver apertado, pense em alternativas como coparticipação e parcerias que envolvam descontos especiais para colaboradores da sua empresa, por exemplo.

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O mais importante é ajudar o seu colaborador a desenvolver uma cultura de autocuidado

Execute pesquisas de engajamento para detectar focos de estresse

Pesquisas de engajamento são ferramentas práticas para avaliar o estado da equipe de forma consistente e frequente. É possível medir vários aspectos ligados diretamente à carga mental e emocional das pessoas como: tempo, motivação, inclusão e propósito.

Com os dados retirados das pesquisas, é possível identificar focos de Burnout na organização e agir a tempo para diminuir a pressão de determinado time ou departamento antes que seja tarde demais.

Realize reuniões one-on-one frequentes e que abordem questões de saúde mental

Garanta que nas suas one-on-one exista espaço para falar sobre Burnout e questões ligadas ao equilíbrio mental e emocional dos seus colaboradores. É importante que as pessoas sintam que podem ser transparentes e que trabalham em um espaço acolhedor e humanizado.

Uma boa sugestão é verificar quais gatilhos fazem com que o colaborador se sinta menos produtivo. Se ele não souber a resposta, defina como próximo passo a observação desses gatilhos até a reunião seguinte. 

Descobrir quais atividades ajudam o profissional a se desligar das atividades pode ser uma tática eficaz para prevenir o Burnout.

Ouça o podcast sobre saúde mental e burnout com o Eduardo Shiota, ele conta como esse tema pode impactar a saúde mental e até as decisões de carreira dos desenvolvedores.

Equilibre demandas

Por vezes, pessoas sobrecarregadas em uma equipe apontam para uma falha na distribuição das tarefas, seja entre as pessoas ou no calendário.

Usar um termômetro de trabalho para ter feedback sobre a intensidade das demandas sobre as pessoas, pode ajudar a identificar qual a raiz do problema. 

Com ele, é possível verificar se existem picos de carga durante algum período ou se é um problema contínuo. Desse modo, se for constatado muito trabalho para poucas pessoas, ainda existem três saídas: contratar, terceirizar ou priorizar.

Valorize e invista nos pontos fortes dos colaboradores

Depois de descobrir quais projetos e tarefas são a fonte de energia e motivação para seus colaboradores nas reuniões one-on-one, garanta que parte considerável do tempo deles é alocado nessas atividades.

É essencial se certificar, mesmo que isso signifique que o melhor lugar para essa pessoa seja em outra equipe.

Pessoas sobrecarregadas em uma equipe apontam para uma falha na distribuição das tarefas, seja entre as pessoas ou no calendário

Se na sua empresa não existem casos de Burnout identificados, e já realizam táticas e programas de prevenção, não significa que o trabalho para por aí. 

Nenhuma organização está 100% livre da possibilidade de ter que lidar com o esgotamento de um colaborador, e é importante ter um plano de contingência para agir com responsabilidade e empatia.

Mas, se já existem casos registrados, ainda é mais urgente criar projetos e ações de combate ao Burnout para evitar novas ocorrências e reparar danos operacionais na reputação da organização.

O Team Guide se juntou ao Amar.Elo para criar um ebook sobre o tema e colaborar na conscientização sobre o Burnout. Confira agora os dados e insights para entender a síndrome e evitar que ela chegue ao seu time.

Capacite a liderança através de workshops e treinamentos

Treinamentos e workshops em grupo são boas ferramentas para aumentar a conscientização dos líderes. Essas atividades criam um bom momento para trocar experiências e entender que esse não é um problema isolado e todos têm o mesmo desafio.

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Nenhuma organização está 100% livre da possibilidade de ter que lidar com o esgotamento de um colaborador

Esses workshops podem ser conduzidos internamente se houver o conhecimento necessário na empresa, ou terceirizados para especialistas da área.

Antes de aplicar essa tática, deixe bem claro qual objetivo deve ser alcançado no comportamento dos colaboradores.

Seja firme na hora de recarregar a bateria

Incentive mais fortemente o foco das pessoas no bem-estar e equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal. 

Controle os momentos de descanso com rigidez: exija o cumprimento das férias, limite horas extras e aumente a ênfase na necessidade de cuidado psicológico em casos individuais, se possível incluindo os custos nos benefícios oferecidos pela empresa.

Repense o modelo de trabalho

Não existe um modelo perfeito, mas a ideia é pensar que existem alternativas fora do padrão que estamos acostumados, e com estudo e preparo, o modelo de trabalho da sua equipe pode evoluir.

Certas atividades exigem trabalhos por turnos, como as que envolvem atendimento ao público, por exemplo, mas outras podem ser mais flexíveis e baseadas em desempenho, o que pode contribuir positivamente para o bem-estar das pessoas.

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Incentive mais fortemente o foco das pessoas no bem-estar e equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal

Uma semana com 4 dias e jornadas de 6 horas de trabalho por dia são outros exemplos de flexibilização já testados e com bons resultados. Vale a pena pesquisar e fazer um benchmarking do que já está sendo testado pelo mundo e ver o que é possível levar para o seu time ou empresa.

Nos últimos dois anos temos vivido uma revolução (involuntária) do trabalho remoto. O mundo discute hoje se irá continuar com esse modelo no futuro próximo, se voltará ao que era antes, ou se iremos para um formato híbrido tentando juntar o melhor dos dois mundos.

Essa é uma questão sem resposta definitiva, mas mesmo que a sua atividade ou estrutura organizacional exija o trabalho presencial, avalie o que foi aprendido no período remoto, se existe espaço para algum nível de flexibilização e qual a opinião do seu time sobre esses modelos.

A Síndrome de Burnout e o Código Internacional de Doenças (CID)

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que a Síndrome de Burnout foi definida como doença ocupacional e classificada como “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso”.  

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que a Síndrome de Burnout foi definida como doença ocupacional

A Síndrome de Burnout está registrada no CID-11 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde) como um dos fatores que influenciam a saúde, diretamente relacionado ao emprego e desemprego.

A nova classificação começou a valer no dia 1 de janeiro de 2022. Anteriormente, o desenvolvimento da Síndrome de Burnout era um problema do funcionário.

Com a decisão, as empresas passam a ser inteiramente responsáveis pela saúde mental dos seus funcionários. 

Segundo a pesquisa da Isma-BR (Representante da International Stress Management Association), 72% dos brasileiros que estão no mercado de trabalho sofrem alguma sequela ocasionada pelo estresse. Desse total, 32% sofrem de burnout, enquanto 92% das pessoas com a síndrome continuam trabalhando. 

O medo do desemprego leva muitos profissionais a permanecer na mesma situação durante um bom tempo, pensando que estão apenas tendo um período de estresse. 

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72% dos brasileiros que estão no mercado de trabalho sofrem alguma sequela ocasionada pelo estresse

A crescente taxa de desempregados no Brasil tem contribuído para aumentar os casos de Burnout. Infelizmente, a cada dia, menos pessoas têm realizado mais tarefas para conseguir cumprir as exigências das empresas.

Um colaborador nesse estado tem uma maior tendência a cometer erros graves em suas atividades, ainda assim, ele não consegue procurar ajuda médica.

Essa síndrome ficou evidente com a pandemia da Covid-19 e o modelo forçado de home office. Sem regras ou limites, o colaborador e o empregador não conseguem estabelecer limites entre a vida profissional e pessoal. 

Sendo assim, regras trabalhistas foram descumpridas e tivemos um aumento significativo das doenças ocupacionais.

Assista um vídeo falando um pouco mais sobre a Síndrome de Burnout e a pandemia.

Como lidar com a Síndrome de Burnout e a CLT

Atualmente, ainda não existe uma lei específica sobre a Síndrome de Burnout, mas com o reconhecimento da síndrome como uma doença ocupacional, o colaborador deve comprovar o esgotamento por meio de um atestado médico. 

Se a síndrome for comprovada por um profissional de saúde, ele pode se afastar do trabalho para realizar o tratamento sem perder a sua remuneração.

É importante que todas as informações sobre a doença estejam bem detalhadas no atestado para que não seja um problema mais na frente. O médico responsável deve especificar os sintomas, identificar a doença, o tratamento e o período necessário para a recuperação. 

Lembrando que durante os primeiros 15 dias de afastamento, a empresa deve pagar o salário do colaborador normalmente. Se o período de afastamento ultrapassar essa quantidade de dias, o INSS passa a ser responsável pela remuneração.

Assista o vídeo e descubra o que o profissional deve fazer ao ser diagnosticado com a Síndrome de Burnout. 

Enquanto estiver em tratamento, o trabalhador tem direito a um auxílio-doença. Assim que ele retorna a empresa o benefício acaba, mas ele tem direito a estabilidade pelo período de 12 meses. 

Ou seja, a empresa não pode demiti-lo sem justa causa. Esse fator leva um pouco mais de segurança ao trabalhador. Entretanto, em casos mais graves, o empregado pode conseguir a aposentadoria por invalidez.

Isso pode acontecer em situações extremas, em que mesmo após o tratamento, um laudo médico comprova que a incapacidade para o trabalho é definitiva. 

Um exemplo de luta trabalhista nessa área é o caso da jornalista Izabella Camargo, que se tornou conhecido em 2018, após a demissão dela da Rede Globo. De acordo com a jornalista, ela desenvolveu a síndrome de burnout enquanto trabalhava para a emissora.

Após a demissão, a jornalista iniciou uma ação judicial contra a Rede Globo. Nesta ação, a Rede Globo aceitou pagar uma indenização milionária à jornalista por causa da doença.

As empresas devem se comprometer a mudar o quadro, pois os valores indenizatórios podem ser muito altos, como o caso do HSBC que foi condenado pelo TST a pagar R$ 475 mil ao ex-empregado que precisou se aposentar aos 31 anos por conta da doença.

O TST também decidiu a favor de um atendente dos Correios que deveria receber R$ 30 mil em razão do assédio moral que o levou a desenvolver a Síndrome de Burnout.

Em alguns casos, a empresa pode ser condenada a arcar com todos os gastos médicos do funcionário durante o tratamento. Nos piores casos, a organização acaba sendo obrigada a pagar uma pensão vitalícia ao colaborador que está impedido de retornar ao trabalho de forma definitiva.

O neurocirurgião Fernando Gomes e a jornalista Izabella Camargo, que sofreu com a síndrome de burnout, explicam no vídeo quais as diferenças do estresse para esse distúrbio e o que causa esse esgotamento.

Cases de sucesso de empresas no tratamento da Síndrome de Burnout

Uma pesquisa da Kenoby entrevistou profissionais de recursos humanos e eles revelaram que 93% das empresas ainda ignoram as questões de saúde mental

Apesar da dificuldade em compreender a Síndrome de Burnout como responsabilidade da empresa, alguns cases de sucesso podem e devem ser lembrados. 

Brasilprev

A Brasilprev tenta criar ações que estimulem o controle de estresse. Por exemplo, eles oferecem meditação no ambiente de trabalho uma vez por semana a todos os profissionais. 

As aulas, oferecidas em parceria com a Yogist, contam com a participação voluntária dos colaboradores. A prática engloba apenas a técnica da atividade, sem abordar a questão espiritual da ioga.

Unilever

Embora as discussões sobre saúde mental na Unilever não sejam recentes, com a pandemia o discurso foi intensificado. A organização já oferecia meditações e sessões de biofeedback, que ajudam a desenvolver a consciência corporal, e oferecem um suporte para que o colaborador lide com situações desafiadoras.

sindrome de burnout ambev
A Ambev foi uma das pioneiras em implementar, ainda em 2020, uma nova diretoria em seu grupo: a de saúde mental

Os seus mais de 12 mil funcionários no Brasil, tem suporte tanto em saúde mental quanto saúde física, emocional e de propósito. Como diferenciais eles investem no trabalho remoto, horário flexível e tratamentos cuja finalidade é identificar alguns gatilhos geradores de distúrbios.

Ambev

A Ambev foi uma das pioneiras em implementar, ainda em 2020, uma nova diretoria em seu grupo: a de saúde mental. A mudança teve início na cultura da empresa que tentou criar uma relação mais próxima entre líderes e colaboradores. 

A nova diretoria tinha como objetivo acolher os colaboradores, especialmente em um período difícil vivenciado por toda a população devido a pandemia global, além de fornecer conhecimento e promover o aprendizado sobre o tema.

Eles defendem que acabar com o tabu de promover debates sobre saúde mental contribui para que os profissionais identifiquem situações de burnout, depressão e ansiedade quando elas aparecem.

Danone

A Danone investe anualmente cerca de 1,8 milhão de reais na saúde dos seus colaboradores. Destaque para o centro de apoio mental que oferece suporte psicológico e facilitou o acesso a medicamentos mais acessíveis, com descontos de até 65% em produtos dessa categoria.

sindrome de burnout unilever
A Unilever já oferecia meditações e sessões de biofeedback, que ajudam a desenvolver a consciência corporal, e oferecem um suporte para que o colaborador lide com situações desafiadoras

99 

A 99 resolveu adotar práticas preventivas como a criação de uma sala de sono no seu escritório, além de oferecer massagens e terapia online por meio da plataforma Vittude.

Assista o vídeo de Frédéric Meuwly em uma apresentação no TED Talks contando um pouco mais sobre a sua experiência com Burnout. O vídeo está em inglês, mas você pode colocar na tradução automática, se preferir.

Agora que você já sabe tudo sobre a Síndrome de Burnout, chegou a hora de pensar em estratégias e ferramentas para evitar que isso aconteça com os seus colaboradores e acabe comprometendo o seu negócio. 

Entenda que para evitar o Burnout você precisa criar um ambiente favorável dentro da sua organização. O caminho mais indicado é aumentar o engajamento!

 As organizações que desejam combater o burnout podem se beneficiar trabalhando continuamente para promover o engajamento. Dessa forma, a mudança organizacional é essencial para fortalecer a sua estratégia de combate ao Burnout. 

Quer saber como iniciar essa mudança e conquistar o engajamento do seu time? Com o foco voltado à gestão de talentos, o Team Guide é uma plataforma online que oferece suporte aos líderes de tecnologia para gerenciar e melhorar a retenção e o engajamento de seus colaboradores.

É bem mais que uma ferramenta, oferecemos um processo contínuo de reuniões one-on-one e pesquisas de engajamento para melhorar a experiência e evitar o Burnout dos seus colaboradores.

Ajudamos você a descobrir quem são as pessoas desengajadas e identificar pontos de melhoria para agir na hora certa. Faça uma demonstração GRATUITA agora mesmo e venha descobrir como gerar engajamento!