Um dos principais sinais da síndrome de boreout é a perda da motivação por parte do colaborador.
Funcionários com essa condição experimentam tédio, desinteresse e falta de desafio em seus empregos.
Quando isso acontece, alguns impactos negativos podem ser sentidos na saúde mental e no bem-estar dos indivíduos afetados.
Além disso, para as organizações, ter colaboradores afetados pela síndrome pode levar a problemas como:
- baixa produtividade;
- menos engajamento;
- alta rotatividade;
- clima organizacional negativo, entre outros problemas.
Logo, é essencial que a companhia tome as rédeas no combate ao boreout.
Com esse foco, é importante desenvolver:
- ambientes de trabalho mais estimulantes;
- oferecendo oportunidades de desenvolvimento;
- garantindo que as habilidades dos funcionários sejam devidamente utilizadas.
Se você não sabe como identificar um profissional com esse problema, precisa ler o conteúdo que preparamos.
Descubra o que é, como diagnosticar e quais as consequências dessa doença na sua empresa.
Anote todas as dicas e fique de olho nos principais indícios de que algo pode estar errado.
O que é a síndrome de boreout?
A síndrome de boreout é uma condição relacionada ao trabalho caracterizada pelo tédio e desinteresse de funcionários por suas atividades. Geralmente, ela é resultado da falta de desafios e estímulos no ambiente profissional. Diferente do burnout, este transtorno surge da subutilização de habilidades, levando a uma sensação de inutilidade.
Essa breve definição já nos diz muito sobre a síndrome e nos ajuda a entender o que poderia evitá-la, não é mesmo?
Afinal, se estamos falando de um problema que acontece porque o ambiente profissional não gera estímulos ao colaborador, isso significa que novos desafios tendem a ajudar a afastar a questão, concorda?
Contudo, a síndrome de boreout é um problema recente e pouco conhecido pela maioria das pessoas.
Na realidade, a sua aplicação ficou conhecida por meio do filósofo Peter R. Werder e o consultor de negócios Philippe Rothlin, na Suíça em 2007.
Não confunda boreout com burnout
Os termos são bastantes semelhantes, e alguns dos sintomas também; por isso, é imprescindível entender que existe uma diferença entre a síndrome de burnout e a síndrome de boreout.
A síndrome de burnout é causada pelo excesso de estresse e trabalho em condições desgastantes.
Leia também: 15 características da Síndrome de Burnout para acompanhar
Já a síndrome de boreout acontece de forma contrária, ou seja, quando o profissional sente que as suas habilidades não são aproveitadas da melhor forma possível.
Para aprofundar um pouco mais sobre essas diferenças, recomendamos que assista o vídeo abaixo e entenda as diferenças entre burnout ou boreout
Como identificar o funcionário com a síndrome de boreout?
A identificação do funcionário com a síndrome de burnout, parte da análise dos sintomas que incluem: baixa produtividade, desmotivação e, eventualmente, impactos na saúde mental. Funcionários afetados pela síndrome de boreout podem sentir-se entediados, subestimados e, em casos mais extremos, buscar oportunidades mais envolventes em outras organizações.
A expressão boreout vem do inglês boring, que significa entediado. Dessa forma, ela pode ser compreendida como a síndrome do tédio.
Isso significa que se você percebe algum colaborador desmotivado com as suas atividades, seja porque elas são repetitivas e insuficientes, o problema pode estar aí.
Nesses casos, também é possível perceber sinais de apatia e desinteresse.
Porém, você deve estar se perguntando qual a relação da organização com toda essa situação, não é mesmo?
Pois bem, a situação pode ser agravada quando o profissional não se sente valorizado e não recebe nenhum incentivo por parte da gestão e lideranças.
Assim, uma evidência clara é que o profissional realiza sempre as mesmas atividades e não desenvolve todo o seu potencial.
Por isso, as empresas devem estar preparadas para ouvir as expectativas do colaborador em relação ao trabalho e as suas necessidades.
Até porque a falta de demandas pode causar tédio e frustração nos profissionais, afetando a sua saúde mental.
Uma das formas de fazer esse trabalho é por meio de reuniões 1-1 ou mesmo avaliações de desempenho periódicas, em que o colaborador compartilha a sua opinião sobre a empresa e sobre seu próprio trabalho.
Essas duas ferramentas, juntas, tendem a contribuir para que a empresa tenha informações suficientes para tomar decisões em relação a esses aspectos.
Para aplicá-las, faça o download gratuito de 10 templates para reunião 1-1 e aprenda a melhorar o engajamento e desempenho do seu time.
Quais os sintomas da síndrome de boreout?
Para identificar a síndrome de boreout, observe três sinais:
1 – Apatia
Se o colaborador parece indiferente, não tem interesse nas atividades e sempre realiza apenas o necessário para não perder o emprego, esses podem ser claros sinais de apatia.
A longo prazo, essa condição pode ser muito prejudicial, tanto para o profissional quanto para a empresa.
2 – Ansiedade
Quando o profissional se depara com a falta de atividades desafiadoras e afastadas de sua qualificação inicial, a tristeza e a ansiedade podem aparecer.
Assim, ele realiza as suas demandas sem nenhuma motivação durante a maior parte do tempo.
3 – Sem perspectiva
As tarefas repetitivas e sem sentido podem oferecer ao colaborador um trabalho sem muita perspectiva de futuro.
Desse modo, ele pode se sentir perdido por não saber como permanecer na empresa dessa forma.
Além desses fatores, a síndrome de boreout compromete a saúde física dos profissionais por meio de problemas como:
- insônia;
- pressão arterial alterada;
- doenças na pele.
Todas elas podem ser uma evidência externa de que algo está errado.
Assista o vídeo e veja Armando Ribeiro, psicólogo e consultor em Qualidade de Vida no Trabalho, explicando como lidar com o tédio no trabalho.
Como evitar as consequências da síndrome de boreout na sua empresa?
Nem tudo está perdido, mesmo sem identificar a síndrome de boreout na sua empresa, é possível evitar que ela aconteça. Listamos três formas de evitar as consequências dessa síndrome na sua organização.
1 – Conheça o seu colaborador de maneira individual
Procure conhecer o seu colaborador para saber como você pode mantê-lo motivado, para isso, utilize todas as ferramentas possíveis.
Desse modo, você certamente contribuirá para uma gestão mais direcionada e eficiente.
Mais uma vez é importante lembrar você de que as avaliações de desempenho são importantes ferramentas para essa etapa. Se você nunca aplicou a pesquisa, é hora de dar o primeiro passo. Para isso, aprender como envolver o time, por meio do ebook gratuito: “4 pilares do engajamento de líderes e colaboradores da Avaliação de Desempenho da organização”
2 – Estabeleça um diálogo constante
Como descobrir se o profissional está insatisfeito se nunca existe um espaço aberto para essa finalidade?
É essencial ouvir relatos de insatisfação sobre as atividades ou sobre a sua posição como gestor.
A ausência desse momento de conversa pode fazer com que o colaborador se sinta cada vez mais invisível.
Assim, reuniões de feedback e outras pesquisas de clima e engajamento podem servir para apontar qual o melhor caminho.
3 – Acompanhe as demandas da equipe
Com essa etapa você consegue ver se os fluxos de trabalho estão indo bem ou não. Lembre-se que casos extremos de atividades excessivas levam ao burnout e no lado oposto temos o boreout. Ou seja, é essencial encontrar um equilíbrio!
Para isso, ofereça oportunidades de crescimento e desenvolvimento de habilidades, que podem ser apresentadas por meio de um plano de carreira bem estruturado.
O mais importante é garantir que todos evoluam na empresa, enquanto conseguem equilibrar vida pessoal e profissional e convivem em um ambiente saudável.
Assista o vídeo e veja como começar a buscar ajuda para vencer a síndrome de boreout.
Agora que você já sabe que a falta de demandas também pode ser nociva, precisa fazer tudo que for preciso para evitar que isso aconteça. Fique tranquilo porque você não precisa fazer tudo sozinho! Ao contrário, com o Team Guide você tem mais do que uma ferramenta, mas uma equipe de suporte à disposição para auxiliar o setor de RH a facilitar a execução de processos e implementar novos projetos.
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