Muitas pessoas tratam o esgotamento como estresse e tentam superá-lo sozinhas, mas estresse e esgotamento não são a mesma coisa. A fadiga, sintoma do Burnout, que acompanha o esgotamento, difere do estresse que você pode sentir após um longo dia ou semana de trabalho.
É possível identificar isso a partir da definição oficial da Organização Mundial da Saúde (OMS) que, em 2022, incluiu o Burnout na Classificação Internacional de Doenças, no capítulo de problemas associados ao emprego ou ao desemprego.
Ao definir o termo, o documento diz que Burnout é resultado do estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso, gerando nos colaboradores as características do Burnout, entre elas:
- os sentimentos de exaustão física e mental;
- despersonalização em relação ao trabalho;
- uma sensação de não realização pessoal no ambiente profissional.
Todos esses são sintomas relacionados ao esgotamento físico e emocional ao qual o colaborador está submetido.
O que é Burnout?
Como dissemos acima, a Síndrome de Burnout é um estado de esgotamento físico, emocional e mental que resulta de um envolvimento prolongado em situações de trabalho extremamente exigentes e estressantes.
É uma condição mais grave do que o estresse comum, levando a uma incapacidade do profissional de funcionar de forma eficaz no trabalho e na vida cotidiana.
Enquanto o estresse e o cansaço podem ser sentidos após um longo dia ou semana de trabalho, a fadiga, sintoma do Burnout, chega a ser incapacitante.
Ela não passa após uma boa noite de sono ou um final de semana de descanso. Nem mesmo um mês de férias consegue solucionar o esgotamento sentido por profissionais que estão enfrentando o problema.
Em suma, depois que o esgotamento se instala, o profissional fica sem combustível e perde toda a esperança de superar seus obstáculos.
Logo, o tratamento, geralmente, inclui:
- afastamento do local de trabalho;
- psicoterapia;
- em alguns casos, uso de medicamentos como antidepressivo e ansiolítico.
Para se aprofundar sobre o que é a Síndrome de Burnout, indicamos que você faça o download do ebook “Precisamos falar sobre Burnout”. O material é 100% gratuito e muito completo, com insights práticos para evitar que a doença se instale na empresa.
Principais sintomas de Burnout: TOP 15 sinais de problema!
Os principais sintomas de Burnout são:
- Cansaço excessivo
- Dor de cabeça frequente
- Alterações no apetite
- Insônia
- Dificuldades de concentração
- Sentimentos de fracasso e insegurança
- Sentimentos de derrota e desesperança
- Sentimentos de incompetência
- Alterações repentinas de humor
- Isolamento
- Fadiga
- Pressão alta
- Dores musculares
- Problemas gastrointestinais
- Alteração nos batimentos cardíacos
Como você pode ver, não existe apenas um, mas um conjunto de sintomas do Burnout, que uma única pessoa pode experienciar.
Entretanto, nem todo mundo tem as mesmas reações e o organismo de cada um pode responder de uma forma diferente.
Dentro dessa extensa lista de 15 sintomas, nós destacaríamos os quatro que fazem parte da lista divulgada pela Forbes:
- Sentimentos de esgotamento de energia, exaustão e fadiga
- Aumento da distância mental do seu trabalho
- Sentimentos negativos relacionados ao trabalho
- Eficácia profissional reduzida
Perceba que todos estão relacionados à qualidade do ambiente de trabalho (ou à falta dela).
Resumindo, o Burnout é uma doença ocupacional, que hoje oferece aos profissionais atingidos o mesmo suporte que outras doenças e acidentes de trabalho já recebiam.
Leia também: Meu liderado está com burnout! E agora?
Consequências dos sintomas de Burnout
A partir da classificação da OMS, o Burnout se tornou uma questão de saúde e segurança do trabalho.
Dessa forma, as regras relacionadas ao tratamento são geridas pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) e suas normas regulamentadoras. Isso significa que o esgotamento recebe a mesma atenção que outras doenças e acidentes de trabalho.
Logo, a partir do diagnóstico de Burnout, o colaborador deverá ter os dias de licença remunerada respeitados pelo empregador.
Em afastamentos de até 15 dias, o funcionário tem direito à licença médica remunerada pela companhia contratante. Ou seja, a empresa segue realizando o pagamento do salário do profissional, mesmo que ele esteja afastado do trabalho.
Já para afastamentos superiores a 15 dias, o empregado terá direito ao auxílio-doença pago pelo INSS.
Além do direito ao tempo de afastamento pelo Burnout, o colaborador que entrar com o pedido de licença no INSS e tiver a solicitação atendida, também terá direito à estabilidade no emprego, por um período de 12 meses. Ou seja, ele não pode ser demitido sem justa causa.
Para a continuidade do recebimento do auxílio do INSS, o colaborador precisará passar por perícia. Constatado que ele ainda não está pronto para voltar à ativa, ele permanecerá afastado da empresa.
Segundo o site do Governo Federal, o tratamento, geralmente, dura entre um e três meses, mas pode demorar mais tempo. Essa é apenas uma previsão, não uma certeza.
Por último, mas não menos importante, vale a pena destacar que no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) está apta a oferecer, de forma integral e gratuita, todo tratamento de Burnout, desde o diagnóstico até a disponibilização de medicamentos, caso seu uso seja necessário.
Como acompanhar os sintomas de Burnout nas empresas?
Para as organizações, o Burnout deve ser tratado como uma demanda séria e emergencial. Afinal, profissionais com esgotamento têm a produtividade reduzida, estão mais propensos a erros e ao retrabalho.
Isso sem falar os custos diretos, com licenças, treinamento de outro profissional para ocupar o local de um colaborador afastado e a possibilidade de turnover.
Nesse cenário, o melhor caminho para as companhias é prevenir o Burnout, por meio de um conjunto de boas práticas que melhorem o ambiente de trabalho.
Além de ter atenção ao clima organizacional, é preciso usar ferramentas de segurança psicológica para acompanhar a satisfação dos colaboradores e seu “humor” com a companhia.
Com esse tipo de solução, a organização aumenta as chances de identificar problemas, logo no início, antes que o estresse contínuo se transforme em esgotamento.
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