De acordo com pesquisa realizada pela International Stress Management Association (ISMA, em inglês), 30 milhões de trabalhadores brasileiros estão com Burnout. E se esse número não te assusta, talvez seja porque você ainda não entendeu quais são as características da Síndrome de Burnout e não conhece os problemas associados a ela.
Além disso, não faz ideia do transtorno que a síndrome pode criar na empresa, gerando:
- redução da produtividade;
- aumento de custos;
- queda na reputação do negócio;
- perda de criatividade e inovação, e muito mais.
Para compreender o impacto do Burnout, basta imaginar ter 1 a cada 3 funcionários em estado de esgotamento físico, emocional e mental associado ao ambiente de trabalho.
É isso o que a pesquisa que citamos acima diz: que 1 em cada 3 profissionais brasileiros estão em um estado de esgotamento que os impede de executar até mesmo as atividades mais corriqueiras e simples de seu dia a dia.
Para aprender a evitar que o problema se torne uma realidade na companhia, o primeiro passo é conhecer as características da Síndrome de Burnout.
15 principais características da Síndrome de Burnout
Na lista das 15 principais características da Síndrome de Burnout estão:
- Fadiga
- Sentimentos de Ineficácia
- Falta de Realização
- Problemas gastrointestinais
- Pressão alta
- Função imunológica deficiente
- Dores de cabeça recorrentes
- Insônia
- Problemas de concentração
- Perda de memória
- Humor deprimido
- Sentimento de inutilidade
- Perda de interesse ou prazer
- Irritabilidade
- Sentimentos de desesperança
Perceba que os sinais de Burnout podem afetar um profissional tanto física quanto mentalmente.
Essa característica da Síndrome de Burnout está relacionada ao estresse crônico, desenvolvido quando o funcionário ou gestor vivencia o estresse por períodos prolongados, no ambiente de trabalho.
Para ilustrar a questão, selecionamos o caso da jornalista Iza Camargo, que trabalhava na Rede Globo e durante a apresentação da previsão do tempo, ao vivo, ela esqueceu o nome da capital do seu próprio estado.
Esse é um caso superfamoso de Burnout, especialmente, porque Iza, após afastada para tratamento e demitida em sua volta da licença, resolveu dedicar sua vida a chamar atenção das pessoas para o tema, alertando empresas e funcionários para os perigos da síndrome.
Ouvir o relato de alguém que sofreu com o problema ajuda quem está vivendo a identificá-lo e também aos gestores que precisam agir para solucionar a questão na companhia.
Outra forma de identificar se você está desenvolvendo o distúrbio é por meio do teste de Burnout. Acesse gratuitamente o Medidor de Risco de Burnout, responda às perguntas e tenha um resultado imediato.
O que a empresa pode fazer para evitar a síndrome de burnout?
Para evitar a Síndrome de Burnout, as empresas devem promover uma cultura de apoio, estabelecer limites claros de trabalho, oferecer recursos de saúde mental, reconhecer o bom desempenho, promover um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal, oferecer oportunidades de desenvolvimento, enquanto monitoram ativamente a saúde psicológica dos funcionários.
Fique atento, porque as características da Síndrome de Burnout são desenvolvidas, especialmente, em colaboradores:
- comprometidos;
- engajados com a organização;
- que entregam bons resultados e buscam se desenvolver.
Isso acontece porque esses colaboradores se preocupam em entregar o melhor trabalho, se envolvem com a empresa e, geralmente, se sobrecarregam – ou permitem que os gestores os sobrecarreguem.
Por isso, quando um funcionário como esse começa a ter quedas de desempenho, é função da empresa entender o que está acontecendo e oferecer o suporte adequado.
Essa é uma responsabilidade da companhia perante seus colaboradores. Por isso, se o seu funcionário está com Burnout, não é possível ignorar o fato e deixá-lo adoecer devido ao trabalho realizado, não é mesmo?
Todavia, a falta de conhecimento dificulta a identificação dos sintomas de Burnout. Para contribuir reduzindo essa lacuna, criamos um ebook completo, que funciona como um guia essencial para gestores que precisam lidar com a questão no negócio. Baixe gratuitamente o ebook “Precisamos falar sobre a Síndrome de Burnout nas empresas”.
Por falar nisso, vala a pena destacar que a responsabilidade da organização já não é mais facultativa. Ao contrário, passou a fazer parte das demandas do negócio em relação à saúde e segurança do trabalhador, geridos por normas regulamentares relacionadas a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas).
Síndrome de Burnout na legislação
A OMS, em 1º de janeiro de 2022, passou a considerar a Síndrome de Burnout uma doença do trabalho.
Na prática, isso significa que o profissional diagnosticado com a síndrome terá seus direitos garantidos, sendo eles os mesmos que os direitos trabalhistas e previdenciários gerados pelo diagnóstico de outras doenças e acidentes de trabalho.
Em casos de afastamento de 15 dias, o funcionário tem direito à licença médica remunerada pela empresa.
Para afastamentos superiores a 15 dias, o empregado tem direito ao auxílio-doença acidentário pago pelo INSS.
Leia também: 6 sinais de que você tem burnout e não preguiça
Como evitar o surgimento dos sintomas do Burnout?
A desordem generalizada, característica da Síndrome de Burnout, não acontece do dia para a noite. Não é como um vírus que entra em contato com você hoje e faz com que você acorde gripado amanhã.
É por isso que o acompanhamento próximo dos sintomas de Burnout é essencial para evitar que o esgotamento completo se realize.
Nesse sentido, a companhia deve agir ativamente, em busca de recursos de prevenção e de suporte.
O primeiro passo é implementar uma ferramenta de saúde psicológica que permita o acompanhamento diário ou semanal do “humor” do time.
Por meio de recursos como termômetro de trabalho e rastreador de humor é possível identificar problemas individuais e coletivos e agir em busca de soluções.
Essa é uma forma fácil de fazer a gestão de saúde de seus funcionários, uma vez que automatiza parte do processo, ao mesmo tempo que garante que o acompanhamento será feito, evitando que os casos mais delicados se concretizem em reais problemas.
Por meio da ferramenta, o gestor de RH é alertado sobre colaboradores que estão apresentando algumas das características da Síndrome de Burnout e de outros problemas ocupacionais.
Logo, a ação de acompanhamento também serve para prevenção do avanço das doenças, tendendo a ser uma grande economia para a companhia.
Como a sua avó já dizia: prevenir é melhor do que remediar. Nesse caso, a prevenção reduz gastos como:
- despesas com afastamentos;
- turnovers;
- treinamentos de novos profissionais, e mais.
Além de permitir a criação de um ambiente de trabalho de qualidade e contribuir para a reputação da empresa.
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