A falta que a falta faz
Por Luís Felipe Ribeiro
Teve algum dia em que olhou para si mesmo e disse “estou completamente satisfeito”? Lembrando que isso não vale para comida. Aqui falo sobre aquela insatisfação constante, de que sempre tem algo a mais para ser encontrado ou feito. Consegui terminar a faculdade. Agora vou arrumar um emprego. Agora comprar um carro. Agora começo o Projeto A. Projeto B. E assim em diante pelo alfabeto inteiro.
Para trazer mais reflexões sobre o tema, assista o vídeo abaixo, do canal do YouTube JoutJout Prazer, um canal que traz discussões profundas sobre a vida, mas com leveza e bom humor, sobre como lidar com essa eterna insatisfação que é inerente a todo ser humano.
Mas e quando esse sentimento de falta surge porque algo que já era nosso foi perdido?
Nesse caso, ao invés de chamá-lo de falta, podem nomear como perda. Nesse caso é essencial que não se fuja do sentimento. A perda deve ser sentida e “dados de realidade” devem ser criados. Mas como assim? Quando sentimos saudade de algo que perdemos, seja um melhor amigo que se mudou, a perda de um emprego ou um falecimento, é importante que esse ocorrido se torne palpável, para que fique claro para nossa mente que esse algo foi embora e seja possível seguir em frente, ou seja, que seja possível parar de remoer esse sentimento de perda.
Algumas formas de criar esses dados de realidade são: escrever cartas, conversar com pessoas, criar uma pequena cerimônia sobre o ocorrido.