A eterna insatisfação
Welson Barbato
Por Luís Felipe Ribeiro
Temos uma capacidade imaginativa muito forte e isso nos leva à idealizações que nos afastam da realidade, o que pode afetar nossa relação com o trabalho, com outras pessoas e até com nossa própria identidade. Por conta disso, não é surpreendente nossa tendência de estarmos sempre insatisfeitos, um sentimento que, se não trabalhado corretamente, pode nos levar à muita frustração.
Welson Barbato, Psicólogo e Psicanalista, aponta que a insatisfação é um dos fenômenos mais presentes no mundo contemporâneo. No conteúdo abaixo, do canal do YouTube Casa do Saber, um centro de debates e disseminação de conhecimento sobre ciências humanas, vemos apontamentos importantes desse profissional sobre tal tema.
Trabalhar suas expectativas é tentar pensar no futuro de uma forma diferente.
Agora, vamos transpor esse pensamento para a construção de metas. Como construí-las sem se perder nas expectativas irreais?
As metas devem ser mensuráveis e com prazo definido. Nada de “ler muito” ou “conseguir uma promoção”, coloque “ler 3 livros por semestre” ou “realizar curso X e Y neste trimestre”. Dessa forma você focará menos no resultado final (ler mais ou ter uma promoção) e focará mais na realização das atividades, o que trará uma sensação de progresso mais nítida. Além disso, será mais fácil notar que a meta foi irreal e não será batida, permitindo mudanças de rota e adaptações antes que seja tarde demais.
Nunca deixe de analisar friamente seu contexto ao definir suas metas. Pense quais contratempos podem surgir no percurso e, se possível, tente deixar um tempo a mais nos prazos, considere que terão dias que você não estará bem para produzir e isso faz parte do processo.