Burnout: o esgotamento do trabalho
Por Luís Felipe Ribeiro
Metas, horas extras, pressão por resultados e uma cultura que faz da saúde mental um tabu são causas de esgotamento entre colaboradores. A síndrome de burnout é descrita pela OMS como “uma síndrome resultante de um estresse crônico no trabalho que não foi administrado com êxito” e que se caracteriza por três elementos: sensação de esgotamento, distanciamento emocional ou sentimentos negativos relacionados a seu trabalho e eficácia profissional reduzida.
Sua principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônicos provocado por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes. Ou seja, é uma síndrome que tem relação direta com o trabalho, o que gera uma responsabilização para o empregador. Tanto que, em 2021, o Burnout foi reconhecido como uma doença ocupacional, dando aos colaboradores o direito, caso seja comprovada a relação entre o trabalho e a doença, ao afastamento por licença médica, estabilidade e, em casos mais graves, à aposentadoria por invalidez.
No podcast abaixo, Natuza Nery conversa com a psicanalista Vera Iaconelli, que fala sobre a importância da decisão da OMS para jogar luz sobre a “patologia social” das relações laborais. E alerta: “Precisa tomar cuidado para entender que o problema não é com a pessoa, mas com a lógica de trabalho”.
Caso tenha suspeitas de que está com Burnout ou o desenvolvendo, é essencial buscar ajuda psicoterápica, o diagnóstico é feito com o levantamento da história de vida do paciente e sua relação com o trabalho, além da aplicação de testes psicológicos que também ajudam a estabelecer um diagnóstico.
Essa profissional atuará sobre as causas e sintomas do Burnout e também é capacitada a prestar orientações sobre como conduzir este caso para a liderança do trabalho ou RH da empresa, pois é de absoluta importância que a organização tenha conhecimento desta situação, para promover melhorias no ambiente organizacional e para que o colaborador possa ter seus direitos resguardados.
