Existe felicidade tóxica?
Por Luís Felipe Ribeiro
Você conhece o termo “Sociedade do Cansaço”? Esse é o título do livro do filósofo e ensaísta sul-coreano Byung-Chul Han. Uma de suas teses é de que vivemos num excesso de positividade, popularmente conhecido como “positividade tóxica”, e nele acreditamos que somos capazes de conseguir tudo, a qualquer momento, apenas através do esforço individual e de que isso, no longo prazo, traz sofrimento e adoecimento mental.
Para discutirmos sobre felicidade, trouxemos o episódio do podcast Feliciência, com Carla Furtado. Nele, Carla Furtado compartilha em sua voz alguns de seus artigos sobre felicidade, bem-estar, segurança psicológica e saúde mental. Um bom pontapé para se aprofundar nesses temas.
Admitir sentir raiva ou inveja pode nos tornar mais flexíveis, e a habilidade de mudar nosso estado mental é fundamental para o bem-estar
As pessoas mais saudáveis psicologicamente têm um entendimento nato de que as emoções servem como um feedback — um sistema de radar interno que fornece informações sobre o que está acontecendo (e o que vai acontecer) no nosso universo social. Pessoas felizes e radiantes não escondem seus sentimentos negativos.
Elas reconhecem que a vida é cheia de decepções e batem de frente com elas, sempre usando de sua raiva para se defender e de sua culpa como motivador para mudar seu próprio comportamento.