Conversas sobre o futuro: Medo
Feliciência
Por Luís Felipe Ribeiro
Alguns consideram o medo como uma reação natural do corpo, outros dizem que é uma crença limitante. A resposta correta com certeza é a primeira. O medo é um comportamento 100% natural e humano. Ele nos indica que algo considerado por nós ameaçador está se aproximando e alguma medida deve ser tomada. Então podemos afirmar que o medo tem um pedaço de nossa história, através dele podemos entender um pouco mais sobre nós mesmos.
Nossos medos são definidos por nossa história de vida. Tudo bem que temos algumas tendências impostas pela evolução, como o medo de bichos peçonhentos ou o medo do escuro, mas nossas experiências também são capazes de moldar isso, tanto que existem pessoas com nenhum medo dessas coisas. Por isso é importante que nossos medos sejam respeitados e não vistos como fraquezas ou covardias, pois isso seria desvalorizar nossa própria história.
Para discutirmos mais sobre o tema, trouxemos o episódio do podcast Feliciência, com Carla Furtado. Nele Carla Furtado conversa com a Dra. Lia Rossi, neurocientista. Em pauta, o medo e o cérebro pós-pandemia. Meia hora de conversa com significado pode transformar a sua vida.
Respeitar nossos medos não significa que devemos nos conformar com eles, em alguns níveis eles podem trazer sofrimento para a pessoa e por isso é importante que sejam trabalhados com a ajuda de um profissional especializado.
Um método muito comum para trabalhar os medos é através da dessensibilização sistemática, isto é, se expor aos poucos a estímulos cada vez mais assustadores e se acostumar com eles aos poucos. Por exemplo, se uma pessoa tem medo do mar, ela começa ouvindo por fones o som do mar, depois assiste vídeos do oceano, depois vai para a praia e pisa apenas na areia e, com o tempo, vai indo para a água mar, até sentir-se mais confortável.
Essa é uma forma controlável de encarar seus medos e pode ser aplicada praticamente sobre todos os temores possíveis.